Uma resposta curta foi criar uma empresa que viesse apoiar as organizações a se tornarem sustentáveis e melhorar a qualidade das pessoas, utilizando uma linguagem e meios em que essa mudança viesse a representar uma grande oportunidade para as organizações e pessoas.
Ao mesmo tempo, abrir oportunidades para o meu desenvolvimento como um todo, pessoal e profissional, e contribuição para a vida das pessoas.
A Ecoland é um sonho de longa data, por muitas vezes adiado devido aos apegos às comodidades da estabilidade e medos. Tive outras oportunidades de dar passos intermediários e que não exigissem tanta ousadia, coragem de correr riscos, mas não deram certo.
Desta forma, chegou o momento da decisão que envolveu uma mudança muito grande em minha vida pessoal e profissional, motivada pela força de um sonho e a visão das oportunidades de uma consultoria que viesse a ser uma grande parceira para as organizações e pessoas. Um parceiro distinto, de alta qualificação , transformando-se em uma empresa capaz de ganhar a confiança para fazer o que tem de ser feito mesmo alguns clientes não tendo conhecimento global do assunto.
Assim, vencer os desafios de lidar com as questões ambientais e organizacionais num momento em que o valor do produto das empresas é determinado pelo mercado, exigindo das empresas mudanças profundas na maneira de pensar e de produzir.
Eco – vem de ecologia, Land vem de terra, com o solution = fica solução para a ecologia da terra.
A escolha, inicialmente, envolveu uma longa busca e estudo de um nome que desse significado e poder. Foram várias tentativas, e foi a maior dificuldade definir, mas quando se chegou a este nome, é como se uma luz se acendesse. Porque o fundo dos projetos é uma terra segura e sustentável.
Uma empresa que seja reconhecida pela busca de soluções criativas e em motivar e mobilizar as organizações nas mudanças de processos e da própria cultura. Aspectos esses necessários para a melhoria de seu desempenho, tornando-se empresas mais saudáveis para o meio ambiente e para as pessoas.
É uma empresa consciente de que seu desenvolvimento econômico está vinculado à gestão ambiental e a ações socioambientais e à necessidade de sua transformação em busca da sua sustentabilidade, produzindo a cada dia com maior eficiência e menor impacto ao meio ambiente, sem limite para isso, tendo como meio principal a motivação e o comprometimento das pessoas. Isto é, as pessoas têm que transpirar a cultura de sustentabilidade.
Temos uma pequena parte das empresas que possuem sistemas bem avançados e servem como modelo na busca de sustentabilidade, isto é, que já estão nesse contexto, mas para a maioria há uma grande defasagem em relação a legislação ambiental, normas e boas práticas de prevenção ambiental que são base do trabalho. Parte disso por não entenderem, ainda, essa questão de sustentabilidade como a grande oportunidade para a sua transformação e para entrar no rol de empresas do futuro.
Depois posso discutir mais isso, mas tenho uma base de comparação entre alguns lugares do mundo, por exemplo, Alemanha e Canadá. Nesses países é como se você não precisasse discutir e convencer as empresas sobre o valor dessa consciência ambiental; e aqui; de um modo geral; o empresariado faz um esforço para entender o valor da variável ambiental.
É claro que estamos muito diferentes, bem mais avançados, comparativamente ao Mercosul: Argentina, Paraguai, Uruguai e até o Chile, mas entendo que o parâmetro deva se estabelecer com os melhores.
[ Entrevista com Sergio Rosa, Ecoland Solutions ]
Foto: Marion Rupp